Depois de várias tentativas, e, digamos, experiências com os mais variados tipos de materiais, desde pedra, madeira, cordas coloridas, até folhas de árvores e tiras de bambu, houve uma longa caminhada rumo a fixação da escrita, porém o papiro, o pergaminho e o papel foram os que mais se destacaram.
O papiro, fabricado através de uma planta de mesmo nome, que após um complicado processo onde seu caule é cortado, comprimido e unido a marteladas, formado folhas que eram polidas e secadas ao sol, foi usada pelos egípcios, sendo levada após a regiões da Ásia e da Europa.
Já o pergaminho, fabricado com pele, geralmente de carneiro curtida e polida, segundo a lenda surgiu porque Eumenes II, rei de Pérgamo ( segundo século AC), tinha a intenção de formar um centro de estudos, ao qual faria parte o principal poeta da biblioteca de Alexandria, só que os faraós egípcios não gostaram muito da idéia e em represália, proibiram a venda de papiro para Pérgamo. Eumenes então teve que se virar como pode, solução: Fazer uso de pele de animal aprimorada, e não é que deu certo, o negócio foi tão bom que recebeu o nome de pergaminho.
Lenda, porém, já se escrevia em couro antes do século II AC, na Pérsia, e também nas Colônias Jônicas.
Pérgamo foi importante, pois foi ali, que foi aprimorado o couro especialmente para a escrita.
Depois de tudo isso a Europa que já usava o papiro, passou a usar também o pergaminho, que era mais caro, contudo, mais durável.
Em fim o papel
Como nos dias atuais onde todas as invenções mirabolantes acontecem na China, foram eles, os chineses que inventaram o famoso e quase indispensável papel.
Conta-se que um chinês chamado Tsai-Loun, que era um funcionário real, apresentou ao imperador no ano 105 DC, uma substância feita com casca de árvore, cânhamo e trapos. Então o Imperador muito satisfeito deu ao inventor um título de nobreza e um alto cargo, o qual ele não pode aproveitar, já que se meteu em uma confusão e antes de ser morto, resolveu acabar com sua própria vida envenenando-se.(reza a lenda que morreu de banho tomado, cabelo penteado e com sua melhor roupa).
Porém há dúvidas que o papel tenha sido inventado nessa situação, e sim antes, comprovadamente por ter sido encontrado em uma tumba em Shensi, um pedaço de papel fabricado no século segundo AC.
O papel resulta de um processo químico, onde se dissolve a ligtina da planta, para assim liberar fibras de celulose, e após um grande processo é prensado e posto para secar.
O papel espalhou-se pelo mundo ao longo dos séculos, saindo da China, difundiu-se rapidamente pelo extremo oriente, a partir daí passou a ser comercializado em vários lugares pelo mundo, porém o segredo de sua fabricação não se espalhou com a mesma velocidade. Então chegou ao ocidente e teve seu êxito quando foi montada a primeira fábrica de papel, em Samarcando, no Usbequistão. Essa fábrica surgiu após uma batalha entre chineses e árabes, culminando com a derrota dos chineses, que tiveram seus soldados aprisionados; então os árabes aproveitaram que entre os prisioneiros havia papeleiros que acabaram revelando o segredo da fabricação do papel, daí surgiu à fábrica.
Na Europa ele demorou um pouco mais para chegar, cerca de um milênio e meio, onde não foi bem recebido, pois achavam que era muito frágil, por isso, não confiável. Mas apesar de o papel ser mais frágil, não foi aceito mais por preconceito religioso do que por sua fragilidade, pois havia chegado a Europa, que era cristã, pelas mãos dos árabes e Judeus, seus inimigos, e, além disso, o papel ainda não tinha um preço muito bom, sendo pouco mais barato do que o pergaminho. Essas barreiras só foram vencidas quando, em fim o custo foi barateado e sua qualidade foi melhorada.
Com toda essa trajetória, o papel tornou-se algo quase que indispensável, sendo usado para muitos fins, garante também nos dias de hoje o sustendo de inúmeras famílias, que tiram dele seu sustento, por ser um material reciclável.
Fontes: Antonio F Costella, Do Grito ao Satélite; Ed. Mantiqueira-1978
Images http//www.google.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário